23 junho 2008


Este é o jeito Zen: não dizer as coisas até o fim. Isso precisa ser compreendido, pois é uma metodologia muito importante. Não dizer tudo significa dar uma oportunidade para que o ouvinte complete o que está sendo dito.Todas as respostas vêm incompletas. O mestre só lhe terá dado uma direção... No momento em que você chegar ao limite, você saberá o que irá permanecer. Sendo assim, se alguém estiver tentando compreender o Zen intelectualmente, irá fracassar. Não se trata de uma resposta para uma pergunta, mas de algo maior do que a resposta. Trata-se da indicação da própria realidade... A natureza do buda não é coisa muito distante: a sua própria consciência é natureza de buda. E a sua consciência é capaz de testemunhar as coisas que constituem o mundo. O mundo chegará a um fim, mas o espelho permanecerá, espelhando o nada.
Osho Joshu: The Lion's Roar Chapter 5

Paciência

Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo -- o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida.

Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 10

22 junho 2008


Do mosteiro

Um mestre Zen recebeu uma bela área de terra, para que pudesse edificar um mosteiro.

O mestre precisou viajar por algum tempo, e deixou a construção a cargo de seus discípulos.

Quando voltou - cinco meses depois - nada havia sido feito. Os discípulos já haviam encomendado vários estudos aos arquitetos locais, mas não conseguiam encontrar o projeto ideal.

Um deles perguntou ao mestre:

“Qual dos projetos devemos levar adiante? Como devemos proceder para tomar a decisão certa?”

O mestre respondeu:

“Quando se quer o bem, os resultados são sempre bons”.

Libertos do medo de errar, a decisão foi tomada. E o resultado foi magnífico.

(Conto Zen)
Repassado pelo Michel, através do grupo do Zen Sul.
/\

14 junho 2008

Tem sido comum ouvir algumas pessoas fazerem a saudação "Om Shamti!", "Namastê!".
Segue então o significado destas, retirado do blog Tudo sobre Eva

"Shanti significa literalmente Paz em sânscrito, uma língua clássica da Índia, o equivalente asiático ao nosso latim, com a diferença de ainda hoje estar viva e ser uma das línguas oficiais da Índia.

O sânscrito é também uma língua sagrada, sendo o seu alfabeto originário o devanagari, "a escrita da cidade dos deuses".

O sânscrito existe há mais de 5 mil anos. É uma língua muito matemática (imagino que seja do tipo do latim e do alemão, com declinações) e, tal como a música, assenta na matemática. Daí o carácter sagrado, pois dizem os Mestres que tal como a música, o sânscrito tem o poder de tocar o coração e leva à iluminação da expressão criativa.

O sânscrito é também a linguagem dos mantras – palavras que, repetidas um cem número de vezes, têm o poder de remover os condicionamentos da mente, por estarem em sintonia sutil e direta com a harmonia invisível. Daí a sua utilização na meditação, pois enquanto estamos a repetir um mantra ou a visualizar mentalmente um símbolo estamos a «limpar» a mente de pensamentos.

OM SHANTI é um mantra e é também uma saudação, especialmente se colocarmos as mãos em forma de oração junto ao peito. É uma forma de desejar «a paz do universo» ao outro. É difícil a tradução literal, mas aqui vai uma tentativa...

Om siginifica Deus, o Universo, é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a substância essencial que constitui todos os outros mantras, sendo o mais poderoso de todos eles. OM ou AUM, tal como Amen e Ahmeen significa o Divino que se manifesta tal como é. OM é o “verbo” em si, o som, a palavra; “no princípio era o verbo”, o que significa o primeiro som ou vibração do qual todos os outros nomes e formas derivam e ao qual todos retornam. Aquele desenho semelhante ao número 30 que aparece em quase todos os livros e entidades de Yoga é o OM. Traçado em caracteres, é um yantra (símbolo visual que se utiliza na meditação). Pronunciado, é um mantra. OM é o símbolo universal do Yoga, para todo o mundo, todas as épocas e todos os ramos de Yôga. Entretanto, cada Escola adopta um traçado particular que passa a ser seu emblema. Isto pode ser percebido por um iniciado pela simples observação da caligrafia adotada.

OM SHANTI é, pois, uma saudação comum entre praticantes de Yoga, no ínicio e no fim da prática, por exemplo.

Bem mais correcto do que dizer NAMASTÊ, que significa «Olá» (ou «Adeus», se for dito na despedida) na linguagem comum da Índia, o hindi."